sexta-feira, 26 de abril de 2013

#69-Um Teco#9



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-Na próxima sexta: Quem entende os comerciais da MTV? Até lá!


quarta-feira, 24 de abril de 2013

Mistiras Entrevista#2 (Catia Ana)


Hoje conversamos com a genial criadora da Webcomic O Diário De Virgínia, uma HQ que revolucionou o estilo dos "quadros infinitos" (leitura exclusiva para internet, onde os quadros da história não ficam presos na configuração de uma página, mas sim dispersos na tela, sendo acompanhada através da barra de rolagem do navegador). Acompanhe seu processo de criação e saiba curiosidades sobre cada personagem do Diário.

Espero que gostem!

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-Primeiro Catia, nos fale como seu deu os seus primeiros contatos com os quadrinhos

Quando pequena não tive muito contato com quadrinhos. No máximo uma ou outra revista da Turma da Mônica que me chegavam às mãos. Fui conhecer mais sobre quadrinhos, diferentes estilos e histórias novas durante a faculdade de design. Uma amiga minha, a Heluiza, me passou muitos quadrinhos bacanas para ler e até desenvolvemos um projeto de fanzine juntas.

-Como surgiu a ideia do Diário? A protagonista e suas experiências são baseadas em você?

A ideia para o Diário surgiu no finalzinho de 2009, um pouco por influência do quadrinho Retalhos do Craig Thompson e também de uma vontade de pôr no papel algumas coisas que estavam me afligindo. Até por um pouco de receio preferi criar uma personagem com a qual eu pudesse lidar melhor com esses problemas sem me expor muito. Assim me senti mais livre para falar daquilo que estava me angustiando e também sem um compromisso com a realidade pude trazer à tona personagens mais subjetivos e metafóricos, como o Mike.

-Como surgiu a ideia do design dos personagens Mike e Sabrina? Você chegou a pensar em outros visuais para eles?  

O primeiro rabisco que fiz do Mike foi despretensioso. Estava com a música Raindrops keep falling on my head na cabeça e fui ilustrá-la com um desenho da Virgínia sentada num banco. Tem uma parte da música que fala “... the blues they sent to meet me”  e acabei desenhando essa tristeza que sempre acompanhava a Virgínia. Daí surgiu a ideia dos medos dela serem representados por um personagem, achei que o nome Mike ficaria bacana e a partir dos próximos rabiscos fui definindo-o melhor. A ideia geral das características da Sabrina veio de outro desenho despretensioso que fiz para colocar no computador do meu trabalho. Quando pensei em dar forma à criatividade da Virgínia retomei esse desenho e fui testando pequenas mudanças até chegar no que a Sabrina é hoje.


O primeiro esboço do Mike...


-Por favor, nos fale do estilo usado na sua Webcomic. Por que o escolheu?

Na verdade não sei se é um defeito ou uma qualidade, mas no Diário procuro seguir mais minha intuição em relação à minha produção. Por isso não tenho uma razão lógica para minhas escolhas, apenas vou seguindo e testando novas coisas. Isso tem me ajudado porque fico mais livre e menos pressionada, se algo que tentei não dá certo tento outras. Desde o primeiro capítulo percebo que meu estilo, traço e colorização mudaram e se aperfeiçoaram muito. E isso se deve a essa brincadeira de experimentação que eu me permito. Nos últimos capítulos por exemplo já fiz toda a arte-final manualmente, com lápis aquarelável e foi uma experiência muito boa. Mas se no próximo capítulo sentir que preciso testar algo diferente vou fazê-lo sem receios.



...e o primeiro esboço da Sabrina



-A cada capitulo, a leitura do Diário de Virgínia muda, o que a torna única para cada um. Como você pensa nessas mudanças?

Ás vezes começo pensando na história ou então em uma forma de leitura e qual tipo de história combinaria com ela. Quando envolve algum efeito ou código que não conheço passo um bom tempo pesquisando até encontrar uma forma de realizar o que estou pretendendo. Confesso que muitas vezes me decepciono com o resultado final porque é muito complicado pensar na história, na arte, no texto, na forma de leitura e num modo de realizar isso. Fico com a sensação de estar deixando a história um pouco de lado e estar focando demais no formato. Até por isso que comecei ano passado a série When a man loves a woman, num formato mais simples onde eu só me preocupasse com a história e nada mais.

-Para terminar, nos fale sobre seus próximos projetos, seja em que área for, e fique a vontade para divulga-los.

O meu projeto pra esse ano é a impressão da série que comecei o ano passado, When a man loves a woman. Essa série foi uma forma que encontrei de desenvolver melhor a história da Virgínia, porque senti que os capítulos não permitiriam isso. Até o momento tenho 38 páginas prontas e estou trabalhando na continuação da história, espero até junho ter concluído as páginas que faltam para procurar uma forma de financiamento da impressão dessa história.

É isso. Muito obrigado pelo seu tempo e atenção Catia, e esteja à vontade para voltar no Mistiras quando quiser. Abração!

 Eu que agradeço, é sempre um prazer.

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Para finalizar de verdade, que tal um pequeno vídeo da Catia explicando a montagem de um capitulo do Diário?



quinta-feira, 18 de abril de 2013

#68-Marco Parlla, O Dublador#17





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-O Dublador homenageado nessa tira é o lendário Mário Monjardim. Entre seus inesquecíveis trabalhos, estão o Salsicha de Scooby-Doo e o Pernalonga dos Looney Tunes.

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-Na próxima sexta: As receitas de Sanji Pé-de-Moleque em Um Teco. Até lá!

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Mistiras Entrevista#1 (Vitor Cafaggi)



Bem vindos a nova seção do site, o Mistiras Entrevista. A intenção é ter, todas as quartas-feiras, um bate papo com pessoas ou grupos relacionados a quadrinhos e cultura pop em geral.

E para começar com o pé direito, converso hoje com um dos maiores nomes da nova geração de quadrinistas brasileiros: Vitor Cafaggi!

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Primeiramente Vitor, muito obrigado por responder nossas perguntas. É um prazer e uma honra ter a sua presença aqui no Mistiras!

Vamos lá:

-Seu primeiro trabalho amplamente reconhecido foi “Puny Parker”, uma série de tirinhas nostálgicas sobre a infância do Homem-Aranha. Essa talvez tenha sido a melhor homenagem que algum fã já tenha feito ao escalador de teias. Mas antes do Puny, você já havia feito algum fanzine ou webcomics?

Não, antes do Puny eu tinha apenas uma vontade de fazer quadrinhos. Ele foi meu primeiro trabalho mesmo.

-Com o Puny Parker, você já tinha alguma estratégia para tentar entrar no mercado de quadrinhos? Ou foi só uma obra de fã para fã mesmo?

Como disse, eu sempre quis fazer quadrinhos, mas nunca tinha pensado seriamente em trabalhar com isso. Quando comecei a fazer as tiras semanais do Puny meu objetivo principal era me condicionar a desenhar sempre. Para, assim, melhorar meu traço e minha narrativa e um dia fazer um trabalho digno de apresentar para as editoras. Comecei  colocando as tirinhas no meu álbum de fotos do Orkut e avisei aos amigos que ia fazer uma tirinha nova toda semana. Dessa forma eu meio que me obriguei a manter essa produção semanal de tirinhas. Meus amigos mostravam as tirinhas para os amigos deles e, com o tempo, mais gente foi conhecendo o personagem. Muita gente me pedia pra fazer as tirinhas em português e, por isso, criei o blog. Foi uma tirinha que eu criei pra mim, pras pessoas parecidas comigo. Sinceramente nunca imaginei que teria a atenção toda que teve.

                                                  The Amazing Adventures of Puny Parker



-Nos fale melhor de sua relação com o Homem-Aranha: porque o escolheu para uma série de tiras, o que ele significa para você, etc.

O Homem Aranha é e sempre foi meu personagem favorito. Eu leio os quadrinhos do Aranha desde que tinha sete anos. Isso me acompanhou pela minha vida inteira. Posso dizer, sem exagero, que muito de quem eu sou hoje, minha personalidade e dos meus valores, eu aprendi nas histórias desse personagem. Nas boas histórias do personagem.

-Agora vamos falar sobre Valente. Como surgiu a idéia para a série?
Valente nasceu quando o jornal O Globo me convidou para criar uma série de tiras para a sua página dominical. Como eu não tinha muito tempo para criar, resolvi contar uma história que eu já conhecia bem, com personagens que eu conhecia tão bem quanto conheço meus amigos, minha família, minhas ex-namoradas. Valente é totalmente baseado na minha adolescência. Escolhi um certo momento, bem representativo, em minha vida e segui contando minha historia a partir daí, através de tiras com cachorrinhos, gatos, pandas e macacos.


The Amazing Spider-Brave: Valente e Dama no traço de Luciano Félix

-Você escreve a história no chamado estilo livre (cada tira depende do seu estado de espírito e o desfecho ainda não foi planejado) ou a série já tem um caminho delineado?

Acho que não consigo criar nada nesse estivo livre. Pelo fato de o Valente ser quase uma auto biografia, posso dizer que o caminho dele já está bem traçado.

-Até agora, dois volumes da série já foram lançados: Valente para Sempre e Valente Para Todas. Já tem idéia de quantos volumes comportariam toda a história?

Minha idéia hoje é de que sejam cinco volumes. Um por ano, com, aproximadamente, 70 tiras cada.

-Você e sua irmã, Lu Cafaggi, estão produzindo uma novela gráfica da Turma da Mônica para a Mauricio de Sousa Produções. Essa é a primeira vez que você faz um projeto com a Lu? Como está sendo a experiência? 

Sim, essa foi a primeira vez que Lu e eu trabalhamos juntos. E foi ótimo. A gente aprende muito um com o outro, a gente conversa muito, não só sobre quadrinhos. A gente pensa parecido. Minha irmã é uma das pessoas mais inteligentes e talentosas que eu conheço, então é sempre bom ouvir o que ela tem a dizer. Na verdade, confio mais na opinião e no bom gosto dela do que nos meus. Ter mais alguém na minha casa fazendo quadrinhos, torna isso um trabalho menos solitário. Enriquece muito o produto final.

  
Turma da Mônica Laços: Graphic Novel da personagem com roteiro e traços de Vitor e Lu Cafaggi

-A novela gráfica estava prevista para 2012. Pode nos dizer por que atrasou?

O planejamento mudou. Foi decidido que, nesse primeiro momento, teria um espaço de tempo maior entre os lançamentos das graphics, para que o lançamento, a divulgação e a distribuição delas fossem melhor trabalhados. A estratégia foi muito certeira. A graphic novel do Astronauta foi lançada no final de outubro e até hoje, aparecem várias resenhas dela e ela continua vendendo muito bem. 

-Para terminar, nos fale o que puder dos seus próximos projetos e se quiser divulgar algum deles, fique a vontade.

Depois da graphic da Turma da Mônia em abril, vou lançar o terceiro volume de tiras do Valente. Tenho muitas idéias para vários projetos nos próximos anos, mas isso tudo tá muito no comecinho ainda. Vamos esperar pra falar deles na hora certa.

Novamente, obrigado pela atenção Vitor, e esteja à vontade para voltar no Mistiras quando quiser. Grande abraço!

sexta-feira, 12 de abril de 2013

#67-Surpresa

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-Dia 10 de Abril foi aniversário de Luciano Félix, o desenhista do Mistiras. Deixe seu parabéns para ele em nossos comentários!

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-Na próxima sexta: Marco Parlla e o encontro com um lendário dublador. Até lá!


sexta-feira, 5 de abril de 2013

#66-Ilógico

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-A tirinha de hoje teve a participação da leitora Luciene Nascimento. Junto com uma amiga, ela tem um negócio de camisas personalizadas, desenhadas a mão. Conheça aqui. Espero que tenha gostado da tirinha com a sua participação!

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-Na próxima sexta: Uma surpresa de aniversário. Até lá!